INTOLERÂNCIA A LACTOSE - GENOTIPAGEM

Existem tipos de deficiência em lactase. Na forma congênita, há diferentes mutações nos éxons do gene LCT (2,3,6,7,8,9,10,12,14 e 16), cujas frequências podem variar dentro dos grupos étnicos. Na hipolactasia do tipo adulto, vários polimorfismos têm sido encontrados nos introns e éxons do gene da lactase e na sua região promotora, como por exemplo o gene MCM6. Entretanto, os marcadores genéticos que têm sido validados na clínica, são os que se correlacionam com os fenótipos clínicos, e consequentemente com as provas funcionais.
No geral, o diagnóstico envolve a avaliação da história clínica do paciente, o exame físico e a busca completa da história do paciente como análise do seu histórico gestacional, alimentar bem como fatores desencadeantes, podendo ser sugerida a restrição de lactose da dieta para avaliação dos sintomas, servindo como diagnóstico terapêutico. Por este ser um teste subjetivo é necessário um teste confirmatório mais especifico.
Há vários métodos diagnóstico, o Teste de Hidrogênio Expirado é considerado o padrão ouro, e é o teste mais comumente empregado, por se tratar de uma metodologia não invasiva, com uma sensibilidade de 90-100% e uma especificidade de 70-100%. Outro Teste bastante utilizado é o de Genotipagem por PCR em Tempo Real.
A análise tem focado nos principais polimorfismos, SNPs (rs4988235 e rs182549), localizados nas regiões intrônicas do gene MCM6. A sensibilidade e especificidade do teste pode alterar em relação ao grupo étnico.
O polimorfismo de nucleotídeo único (ID do SNP: rs4988235) é frequentemente usado como preditor da ingestão de laticínios, uma vez que é responsável pela LP em pessoas de ascendência europeia, podendo ocorrer em outros grupos étnicos. SNP (ID: rs4988235) ocorre aproximadamente 14 kb a montante de LCT e confere LP, onde o alelo A dominante está associado com LP e o alelo G com não persistência da lactase (LNP). rs4988235 é responsável pelo LP em populações descendentes de europeus, mas é um dos vários SNPs que podem levar a LP em descendentes africanos.
Os estudos genéticos, incluindo os brasileiros, corroboram com a associação dos polimorfismos(C> T -13910 e G> A -22018) e a tolerância à lactose e sugerem manejo clínico para pacientes com intolerância à lactose que considera a detecção de polimorfismos de nucleotídeo único e uma alteração na bioquímica do teste de sangue (<25 mg/dL a <15 mg/dL).
A genotipagem para Intolerância a Lactose é realizada através da detecção do polimorfismo de nucleotídeo único rs4988235. Portadores do genótipo CC na posição rs4988235 ( LCT-13910C>T) têm atividade diminuída da enzima lactase intestinal.
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